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  • Foto do escritorDakila News

Áton, a cidade de 3.000 anos redescoberta no Egito

Atualizado: 23 de ago. de 2023


Fonte: Reuters

As escavações iniciaram em setembro de 2020, lideradas pelo arqueólogo Zahi Hawass. O objetivo inicial da expedição era encontrar o templo funerário de Tutancâmon, faraó que governou no antigo Egito de 1332 a 1323 a.C. No entanto, algumas semanas após começaram as buscas perto do Vale dos Reis, a equipe esbarrou com várias estruturas que transformaram o rumo da expedição.


Localizada na província de Luxor, próxima do Rio Nilo, Áton refere-se na maior cidade antiga encontrada no país. Por conta disso, e da incrível preservação, a professora de egiptologia da Universidade John Hopkins, Betsy Brian anuncia “Essa cidade é o segundo achado arqueológico mais importante desde que a tumba de Tutancâmon foi encontrada (no Vale dos Reis, em 1922)”.


Áton, também conhecida como So’oud Atun (Ascensão de Aton), revelou paredes em zigue-zague que indicam elementos da arquitetura recorrente no final da 18ª Dinastia egípcia. Além disso, foram encontrados ruínas, joias, cerâmicas, amuletos de escaravelho e tijolos com os selos de Amenófis III. Avô de Tutancâmon, esse faraó, governou entre 1390 a 1352 a.C., onde Áton se tornou o centro administrativo governamental da época. Os arqueólogos ainda encontraram padarias, cozinhas, espaço para produção de joias e roupas o que sugere a existência de um polo industrial que supria o Egito com seus produtos.


Os pesquisadores, também se depararam com inscrições com nomes que confirmam o governo de Amenófis III, que ainda teve um governo em conjunto com seu filho Amenófis IV. A partir disso, e de todas as outras evidências, os pesquisadores puderam datar com precisão a época em que a cidade se consolidou e datá-la com 3 mil anos.




É interessante saber sobre a história por trás dessa cidade tão bem conservada, que está sendo chamada pelos pesquisadores de “Nova Pompeia do Egito”. Começando então pelo seu fundador, Amenófis III, foi faraó por cerca de 40 anos, onde ser reinado ficou conhecido como uma era de paz, prosperidade e esplendor artístico. Ao final reinou juntamente com seu filho Amenófis IV, que durante seu próprio governo, durante os anos 1353 a 1336 a.C., revolucionou a religião mantendo apenas a devoção ao deus sol Aton. Amenófis IV, inclusive mudou seu nome para Aquenáton, que significa devoto a Aton.

Aquenáton ainda alterou a capital do país de Tebas para sua criação Aquetáton, atual Amarna, onde nasceu seu filho Tutancâmon. Durante seu reinado (1341 a 1323 a.C.), Tutancâmon regressou a Aton e desfez todas as mudanças que seu pai criou.


Retomando as pesquisas, o arqueólogo Zahi Hawass comunica que muitos grupos haviam procurado por essa cidade, mas nunca obtiveram sucesso. Essa redescoberta ainda trará muitas novidades sobre o Egito Antigo e sua civilização. Sobretudo a existência de quatro camadas distintas de assentamentos nesse sítio arqueológico, apontando para épocas divergentes de ocupação, variando desde o período citado acima até o copta-bizantino entre os séculos 3 e 7 d.C.


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